São os nossos amados Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos, diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas santas conseguem curar diversos males materiais e espirituais. A morada de caboclo é na mata onde recebem suas oferendas, sua cor é o verde transparente para as Caboclas e verde leitoso para os Caboclos, gostam de todas as frutas, principalmente o milho, o vinho tinto para eles representa o sangue de Cristo, gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel.

                                 Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros. São livres como os pássaros, sabemos que caboclo não é pai e nem mãe de ninguém, é muito confundido com o Orixá Oxoce, são simplesmente chefes de tribos e não donos de Coroa, pois a Coroa pertence ao Orixá do médio.
Sua gira é muito alegre, lembram as festas da tribo, cantam em volta do axé da casa como se estivessem em volta da fogueira sagrada, como faziam em suas aldeias. Tudo para os caboclos é motivo de festa como casamento, batizado, dia de caçar, reconhecimento de mais um guerreiro, a volta de uma caçada.
                                Estão sempre em busca de uma missão, de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé. São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis. Por serem eles muito amigos, não perdoam que um filho de fé se esqueça deles e até diga que não gosta de caboclo.
Para nunca se esquecer:
                             "Se ele existe em você é porque tem que ficar, nunca deixem tirar pois se arrependerá para o resto de sua vida."
                               Os Caboclos de Oxoce são: Caboclo das Sete Encruzilhadas, Urubatão, Araribóia, Grajaúna, Araúna, Caboclo da Lua, Arruda, Aimoré, Ubá, Caçador, Arapuí, Japiassú, Junco Verde, Jabarí, Mata Virgem, Pena Branca, Pena Verde, Pena Azul, Pena Dourada, Rompe Folha, Rei da Mata, Guarani, Sete Flecha, Flecheiro, Folha Verde, Tupinambá, Tupaiba, Tapuia, Serra Azul, Paraguaçu, Cabocla Jurema.                                                                                                                         

      Os Caboclos, de acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos.

                              Espíritos que foram médicos na Terra, cientistas, sábios, professores, enfim, pertenceram a diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente.

                             Por essas razões, na sua grande maioria, os Caboclos e os Pretos Velhos, foram determinados por Oxalá para serem os Guias-Chefes dos médiuns, ou melhor, representar o Orixá de cabeça do médium Umbandista.

                                         Na Umbanda não existe demanda de um Caboclo para Caboclo, a demanda poderá existir de um Caboclo, entidade de luz, para com uma "kiumba" ou até mesmo contra um Exu, de pouca luz espiritual.                           

                                         Os Cablocos Boiadeiros chegam nos terreiros de Umbanda e de Candomblé, vem com o pé calçado e outro no chão, com seu chapéu de couro e seu chicote do lado, eles trazem alegria dando seu lindo brado.
                                         O Caboclo Boiadeiro traz o seu sangue quente do sertão, e o cheiro de carne queimada pelo sol das grandes caminhadas sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado.  

Normalmente, eles fazem duas festas por ano, uma no inicio e outra no meio do ano.

 Eles são logo reconhecidos pela forma diferente de dançar, tem uma coreografia intricada de passos rápidos e ágeis, que mais parece um dançarino mímico, lidando bravamente com os bois.

            Seu dia é quinta feira, gosta de bebida forte como por  exemplo cachaça com mel de abelha, que eles chamam de meladinha, seu prato preferido é carne de boi com feijão tropeiro, feito com feijão de corda ou feijão cavalo.

           Ao amanhecer o dia, o Boiadeiro arruma seu cavalo e leva seu gado para o pasto, somente volta com o cair da tarde, trazendo o gado de volta para o curral.

           Nas caminhadas toca seu berrante e sua viola cantando sempre uma modinha para sua amada, que fica na janela do sobrado, pois os grandes donos das fazendas não permitem a mistura de empregados com a patroa, foi este um dos grandes motivos de morte dos tocadores de gado.
            Devemos levar nas obrigações de Boiadeiro um pedaço de pano vermelho, para representar o lenço do pescoço, um pedaço de corda virgem.

             Boiadeiro também gosta muito de abóbora com farofa de torresmo e é sempre bom colocar um pedaço de fumo de rolo e cigarro de palha.
            Dentre muitos Boiadeiros, citamos: Boiadeiro na Jurema, Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro, Boiadeiro do Ingá,  Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro e Boiadeiro do Chapadão, etc ...

Sua saudação: "Xetro Marrumbaxêtro", "Minakêto Navizála"

          A denominação "caboclo", embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento da miscigenação.

            Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas através de ervas e simpatias, desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas.

               Os caboclos, espíritos de índios, tidos como o braço forte da Umbanda, não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de "mesa branca"., pois estes nossos irmãos depois de desencarnarem, ainda conservam um corpo espiritual bastante denso carregado de fortíssima vitalidade.
                 No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados.

               Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça.

                São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, "amarrando-o" em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região.
               Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de "índios", prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores.

               São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.
              O caboclo boiadeiro está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física.

             Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuisse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.
               Enquanto os "caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores.


                              CABOCLA  JUREMA                                                  

                                     Sua legião é constituída de grandes entidades espirituais, espíritos puros que amparam os sofredores, utilizando o processo de passes-cura através das ervas.
                                     Normalmente, a Entidade Chefe Cabocla Jurema, quando está trabalhando, atrai a presença, vibração de todos as Caboclas Jurema, ou seja, Jurema da Cachoeira, Jurema da Praia, Jurema da Mata etc, pois na realidade todas são uma única vibração que trabalham com os ambientes da natureza. ex: lua, sol, mata, chuva, vento etc.
                                    Jurema trabalha dentro da necessidade de cada pessoa, transmitindo coragem e energia.
                                    Tem sempre uma palavra de alento e conforto para aqueles que sofrem de enfermidades.
                                    Ela nos ensina a suportar as dificuldades e nos dá coragem para suportá-los.
                                    Em qualquer lugar onde você esteja, quando o desespero tomar conta e a coragem lhe faltar, chame pela Jurema e sentirá sua força amparando você.